Domingo 23-07- 2017
Chegamos no Centro Comunitário Athos Bulcão, na Universidade de Brasília (UnB) por volta das 14:30, onde nos deparamos com uma fila imensa, já com algumas delegações, após cerca de 4 horas conseguimos fazer o credenciamento e seguir para o alojamento, momento no qual fomos informados de que a abertura do Encontro iria atrasar mais do que o já avisado, o que não se provou muito preciso, mas ainda conseguimos (PET UFSCar) chegar a tempo.
Na abertura foi falado sobre a história do Programa, assim como os desafios e as dificuldades que tem enfrentado com o tempo. Também foi discutido a respeito da importância do Programa para a sociedade, o tema “responsabilidade petiana”, o que no caso, eu pessoalmente resumiria em poucas palavras como: a prática, ou a busca incansável pela prática, do tripé (ensino, pesquisa e extensão), de forma indissociável, no mesmo peso; assim como também foi abordado o momento político que vivemos e que ser petiano é sim ser político e fazer PET é fazer política, afinal trabalhamos ensino, pesquisa e extensão e o próprio conceito de educação tutorial é emancipador e ter essa visão é ter uma posição política, portanto não devemos nos calar e nos esconder, pois no momento o governo, em âmbito federal, não têm valorizado o ensino público de qualidade, a pesquisa, a extensão e por suas ações está promovendo a quebra, o desmonte, do sistema de ensino superior público de qualidade do nosso país.
O Happy hour programado pelo evento ocorreu no mesmo local e apesar do cansaço alguns conseguiram começar a quebrar o gelo entre as diferentes delegações, assim como alguns grupos da gincana começaram a se encontrar.
Segunda-feira 24-07- 2017
Na parte da manhã houve o ”Diálogo PETiano”, com o tema “Conhecendo o PET e Normativas”, onde foi falado sobre o Manual de Operações Básicas (MOB) do PET e a importância de que os grupos o conheçam, que o passem e reforcem para os novos petianos, de que façam a leitura do mesmo em grupo e também foi debatido como muitas dúvidas, para diversos grupos, podem ser solucionadas através da leitura cuidadosa e do conhecimento do manual.
No período vespertino houve o “Encontro de discentes” onde entre outras coisas foram debatidos: a questão da região Norte sem representação no Comitê Local de Avaliação e
Acompanhamento (CLAA); a proposta de vinculação das bolsas do PET com as bolsas de mestrado, ficando definida como o valor de 50% das bolsas de mestrado; a mudança do tempo para a certificação do petiano não bolsista; orientações da Comissão Executiva Nacional do PET (CENAPET) referentes a realização de encontros locais nas Instituições de Ensino Superior (IES), antes do ENAPET, já com os moldes do mesmo, a exemplo do que foi feito pelo PET UFSCar; a criação de uma publicação anual (revista) com a produção científica dos grupos; etc.
Terça-feira 25-07- 2017
Durante a manhã e tarde ocorreram os “Grupos de Discussão e Trabalho” (GDTs), eu participei do “GDT 14 – Os incomodados é que equilibram A TRÍADE ENSINO, PESQUISA E
EXTENSÃO”. Nesse GDT foi abordado: a importância do MOB, da leitura e entendimento por todos os petianos, assim como fazer a leitura do mesmo quando novos membros entrarem para o grupo, junto às normativas; foi proposta a criação de um repositório para os PETs, um ambiente para armazenar todo o conhecimento produzido pelos grupos (momento em que falaram da plataforma atual, dos relatórios, etc); a diferença entre extensão e assistencialismo; consultar a comunidade a respeito de suas demandas; entre muitos outros temas, idéias, e opiniões, os grupos compartilharam um pouco de suas experiências, nessa troca pude ver que o PET BCI, diferente de outros grupos, consegue equilibrar bem a tríade dentro de suas atividades, sem grandes entraves.
Durante a noite todos se divertiram ao som da banda de forró Trio Cajuína, na Praça Chico Mendes, no próprio campus Darcy Ribeiro da UnB.
Quarta-feira 26-07- 2017
No período matutino foram ofertadas as oficinas e minicursos, eu participei do minicurso: “Autoavaliação como ferramenta de desenvolvimento dos Grupos PET”, oferecido pelo PET Química, do Instituto de Química de São Carlos – IQSC USP. Nele foi abordado a importância de um feedback bem feito, os tipos e os impactos que o mesmo pode causar, também foram explicados diferentes tipos de avaliação para os grupos e seus aspectos positivos e negativos.
Durante a tarde houveram os “Encontros por Atividades” (EAs), eu participei do grupo “3. Responsabilidade PETiana com a extensão na comunidade/ Aproximação entre universidade e comunidade”, nele foram debatidas as práticas de diferentes grupos PET e o papel destes na construção de uma universidade pública de qualidade, com acesso para todos. Foi um ambiente rico em troca de experiências. Há universidades em que os PETs tocam sozinhos aulas de reforço para o vestibular, cursinhos pré-vestibulares de caráter popular, fazem ações em saúde, trabalham com a difusão da informação na comunidade, referentes às formas de acesso, aos programas de permanência, fazem feiras de profissões, etc. Uma atividade que considerei cabível para o PET UFSCar, já englobando a idéia de fazer projetos tocados pelo PET UFSCar (com a participação de vários grupos), foi exatamente a feira de profissões, apresentando a universidade e os cursos, para os alunos da rede pública da cidade, levando informação a respeito das formas de entrada e mostrando que a universidade é sim o lugar deles, é o lugar de todos, que existem oportunidades e que é possível ter acesso. Durante o encontro muito foi falado de o quão distante a universidade ainda está de muitos, por desinformação e por um sentimento de não pertencimento, e o nosso papel para promover essa aproximação.
Quinta-feira 27-07- 2017
O período da manhã foi livre, no período da tarde após a oficina de cartazes os grupos se
juntaram em protesto, na esplanada dos ministérios, onde reunidos demos um abraço simbólico no prédio do Ministério da Educação (MEC), debatemos as questões pertinentes ao programa e usamos gritos de ordem para mostrar que o PET existe, é um programa formado por bastante gente, com um papel importante dentro das universidades e comunidades onde atua e que vai lutar para sobreviver, lutando pela educação como um todo. A imprensa cobriu e noticiou o evento.
Sexta-feira 28-07- 2017
No período matutino houve as apresentações orais e o “Diálogo PETiano”, abordando o Mobiliza PET, também falaram das repercussões da manifestação do dia anterior, assim como os compromissos firmados pelo MEC, referente ao acerto de bolsas pendentes, grupos com problemas burocráticos no sistema, acertar as verbas de custeio no mês seguinte, etc.
No período da tarde aconteceram as apresentações dos trabalhos na modalidade resumos expandidos – pôster, em duas baterias distintas, das 15h às 17h apresentei o trabalho “Projeto Clube CineLivro” e das 17h às 19h o trabalho “ACIEPE Contações de histórias”, ambos despertaram curiosidade de vários presentes e houve bastante interesse quanto a estrutura da ACIEPE e até mesmo seu material pedagógico, algumas alunas de Pedagogia de outras IES anotaram os contatos do PET-BCI para contato posterior.
Sábado 29-07- 2017 e Domingo 30-07- 2017
No sábado de manhã, após o café da manhã, teve início a plenária final, onde são votados todos os encaminhamentos, trazidos dos encontros regionais, refinados nos encontros por atividades e aí sim votados por todos, esse ano, por ser estatuinte, haviam vários pormenores referentes ao estatuto para discutir e por isso os primeiros itens foram bastante morosos, a assembléia foi até a madrugada, quando foi interrompida para continuação na manhã seguinte.
No domingo a assembleia terminou no início da tarde, quando então o evento foi oficialmente encerrado.