O Segundo dia da ACIEPE – Práticas alternativas: contação de Histórias começou como esperado, o encontro começou em frente à BCo, onde iniciamos o dia com o coffe, seguido da dinâmica de aquecimento para preparar os participantes.
A etapa seguinte aconteceu dentro da BCo, no espaço infantil. A Nathalia Cardoso começou com uma palestra sobre a história da oralidade, desde o surgimento até sua importância no cenário atual, e esta foi complementada pela palestra do Rafael Pim, que falou da oralidade à escrita impressa.
Seguindo o cronograma, a professora Luciana Gracioso iniciou sua fala sobre a morte do narrador, com base no Livro de Walter Benjamin, que discorre sobre a morte do narrador com o surgimento do romance no início do período moderno, já que o romance só foi possível com a invenção da prensa, enquanto a narrativa depende muito oralidade. Logo depois os convidados indígenas falaram um pouco sobre o cotidiano e experiências, além de costumes e tradições em suas respectivas aldeias, e foi aberta uma roda de conversa sobre a importância e o papel da oralidade nas comunidades indígenas. A conversa foi bastante enriquecedora e contou com a participação de boa parte dos ouvintes. e após outra atividade dinâmica foi feita a pausa para o almoço.
Após o almoço, as atividades se iniciaram em frente ao DCI, com uma dinâmica de contação, onde cada participante contava um pedaço da história, criando então um conto. As atividades seguintes contaram com a participação de alunos convidados do curso de Biblioteconomia e Ciência da informação, que falaram dos desafios da leitura no Brasil com foco no período Colonial e na Era Vargas, apresentando os principais impasses que fazem com que o nosso país tenha essa cultura de ler pouco, fato que se reflete até os dias de hoje.
Dando prosseguimento, foi dada uma pequena palestra sobre Literatura de Cordel, também por estudantes de BCI, e em seguida uma oficina de produção de xilogravuras, que é uma característica marcante e quase que essencial da literatura de cordel.
Em seguida houve uma palestra sobre a formação do contador, dada pelo Felipe Oliveira, que abordou a maneira que nos construímos como contadores, já que uma coisa que todos temos de sobra dentro de nós é a imaginação, e com isso só nos falta coragem e criatividade para contar histórias. E depois de uma atividade na qual os participantes criaram um personagem e, em seguida, uma história com o personagem do colega ao lado, houve uma oficina de pintura facial, também ministrada pelo Felipe, e finalmente finalizando o dia, os alunos compartilharam suas experiências de como foi a primeira contação (atividade que foi proposta no encontro anterior), falando das dificuldades, desafios e aprendizado ao contar as histórias para crianças, e também para os adultos.