Como forma de proporcionar novas vivências que ultrapassem os limites da universidade, no dia 02 de julho de 2019, o grupo PET BCI levou alunos de diversos cursos da UFSCar para participar de uma visita guiada à fábrica da Faber-Castell, localizada na cidade de São Carlos/SP. Desde as primeiras interações entre os participantes, durante o trajeto da universidade até a fábrica, foi possível perceber um encanto no ar, conforme surgiam as lembranças dos momentos da infância em que os lápis de cor eram companheiros fiéis. Vez ou outra, ouvia-se alguém cantarolar a famosa música “Aquarela”, de Toquinho, que até hoje é marca registrada dos comerciais da empresa.
Ao chegar na fábrica, fomos direcionados a uma sala para apresentação da empresa. Num primeiro momento, o grupo participou de um teste de qualidade, onde dois tipos de lápis deveriam ser apontados. A cada ponta feita, o participante deveria anotar num papel quantas vezes a ponta quebrou, ou se não quebrou, também. De maneira geral, o teste foi muito positivo, pois a grande maioria das pontas não quebraram durante o apontamento.
Detalhe da fachada da fábrica em São Carlos/SP. Fonte: PET BCI (2019).
Num segundo momento, o monitor apresentou o histórico da empresa, bem como algumas curiosidades e também os produtos comercializados. Com mais de 250 anos de história, a Faber-Castell foi fundada por Kaspar Faber em 1761, em Stein, próximo a cidade alemã de Nuremberg, e inicialmente produzia apenas lápis de chumbo. Somente em 1898 a empresa passou a se chamar oficialmente Faber-Castell, em virtude do casamento da herdeira da família Faber com o conde Alexander zu Castell-Rudenhausen, oriundo de uma nobre família da Alemanha.
Atualmente, a Faber-Castell possui 14 fábricas espalhadas pelo mundo. Destas, 3 estão localizadas no Brasil. A fábrica brasileira localizada em São Carlos é única da marca a produzir lápis. Com uma produção de aproximadamente 2 bilhões de lápis ao ano, é considerada a maior do mundo neste ramo. Em setembro de 2013, São Carlos passou a contar com mais uma fábrica, a Faber-Castell Cosmetics, que fornece produtos para diversas marcas de cosméticos.
Apresentação da empresa. Fonte: PET BCI (2019).
Apresentação do histórico da empresa. Fonte: PET BCI (2019).
Seguindo para a visita técnica, o monitor entregou a cada membro do grupo um walk talk, visto que o ambiente da fábrica possui muito barulho e torna a comunicação mais difícil. Infelizmente, não foi possível fotografar a partir deste momento, pois há uma questão de sigilo na produção. O primeiro local a ser visitado foi o prédio da Faber-Castell Cosmetics. Logo na entrada, observamos uma exposição dos tipos de cosméticos produzidos, que vão desde lápis de olhos, batons, canetas delineadoras, máscaras de cílios, entre outros. Mais adiante, observamos através de uma grande janela de vidro a fábrica onde são produzidos os cosméticos. Neste momento o monitor explicou de forma breve sobre os equipamentos e aspectos do processo de produção.
Seguindo para o próximo prédio, finalmente chegamos à fábrica onde a magia dos lápis de cor acontece. O monitor explicou detalhadamente cada fase de produção, enquanto conhecíamos a fábrica. A movimentação era sempre feita em duas filas, que deveriam ficar dentro de uma marcação no chão da fábrica, por motivos de segurança. Tivemos a oportunidade de segurar uma “mina” recém produzida, que nada mais é que o “miolo” do lápis, uma mistura de minério moído, cera, água e pigmento. Também seguramos as pequenas tábuas de madeira, que são cortadas em formato cilíndrico, no tamanho exato para caber as minas. Mais adiante, observamos a linha de produção, onde os equipamentos realizam a fixação das tábuas, o corte, onde o formato do lápis é feito (redondo, hexagonal ou triangular), pintura externa e aplicação de verniz, carimbo da marca e o primeiro apontamento do lápis (que emoção!). Cada etapa de produção possui participação humana, sobretudo para manutenção dos equipamentos. Por fim, os funcionários realizam um controle de qualidade, observando se os lápis estão de acordo com o padrão. Caso esteja tudo certo, são colocados nas caixinhas e empacotados para serem enviados ao mundo inteiro!
Com o fim da visita técnica, retornamos à sala de apresentação, onde fizemos um lanchinho da tarde. Na despedida, fomos surpreendidos com um brinde muito especial, que com toda certeza nos deixou ainda mais encantados e fechou nossa visita com chave de ouro!
Grupo reunido ao final da visita técnica. Fonte: PET BCI (2019).
Redigido por Jéssica Ramos
04 de Agosto de 2019