Durante o mês de outubro ocorreu de maneira virtual o evento Sudeste PET 2020, com o tema “Universidade e Sociedade: trilhando caminhos pela educação”, entre o dias 10/11/2020 a 25/11/2020, os petianos Adriano, Brenda, José Everson, Juliana, Lais, Luana, Monike e Raniel participaram das atividades propostas pelo Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal (ICENP) da Universidade Federal de Uberlândia, dividindo-se nos Grupos de Trabalhos (GDTs) propostos, com temas variados,com intuito de abranger discussões importantes acerca da comunidade petiana em âmbito regional e promover o compartilhamento de trabalhos e experiências desenvolvidas até agora. Veja um pouco do que aconteceu na visão dos petianos participantes:
Adriano Ruda:
O evento foi bem conduzido, principalmente no segundo dia da primeira semana, houveram algumas discussões interessantes. Uma fala muito interessante do GDT 9 – Trilhando caminhos para a diversidade sexual e de gênero dentro do Programa de Educação Tutorial – foi que muitas pessoas são preconceituosas devido a ignorância e falta de informação, portanto o grupo deve entrar com o papel de levar informação, desse modo ajudando a sociedade. Entretanto o evento foi longo demais, a parte assíncrona da segunda semana ainda estava boa, mas um terceiro final de semana dedicado ao evento foi demais. Como feedback acredito que o evento contribuiu bastante para os grupos PET, mas talvez possa ser pensado de uma maneira que não dure tanto tempo em uma possível segunda edição remota.
Brenda Santos:
O Evento teve uma programação dividida entre momentos síncronos e assíncronos, contando com mesas, grupos de discussão, apresentação de trabalhos, e também, atividades culturais! Nas palestras, que foram ministradas por petianos discentes e tutores de diversos PETs da região sudeste, houveram falas que foram extremamente pertinentes sobre a importância dos grupos PET, principalmente nesse contexto de atividades remotas. Assim, pudemos ver o quanto os grupos PETs continuam contribuindo com as atividades de ensino, pesquisa e extensão e agregando na formação dos discentes que fazem parte do grupo. Outro momento super interessante do evento foi a programação dedicada ao Mobiliza PET, nessas falas podemos resgatar o histórico do programa, suas lutas contra a extinção e por condições de atuação, como a manutenção das bolsas, nos fazendo compreender a importância que esse movimento tem dentro do PET.
Dentre os diversos grupos de discussão e trabalho (GDT) que aconteceram no evento, estive participando do GDT 18 – “Trilhando caminhos para a inclusão digital e tecnológica em tempos de pandemia”. Nesse GDT discutimos questões voltadas à inclusão digital dentro dos grupos PET neste cenário pandêmico. Muitas colocações e experiências foram enriquecedoras para o debate, outras bem distantes da realidade do PET BCI, mas importantes para conhecermos um pouco mais da pluralidade existente no programa. Por fim, foram discutidas alternativas para incentivar e manter a participação dos petianos e grupos nesse contexto de atividades remotas, bem como meios para mapear as questão de acesso, infraestrutura e acessibilidade dos grupos de forma interna e externa (pelo ClAA, CENAPET e etc), bem como maneiras de obter apoio das instituições de ensino superior (IES) para fornecer recursos (plataformas, treinamentos e etc) para que o PET tenha infraestrutura em continuar oferecendo as atividades. Os encaminhamentos foram levados e votados na assembleia geral.
José Everson:
Dentre as diversas atividades realizadas no XX Sudeste PET – já citadas aqui-, participei da abertura, que contou com falas de professores, representante do CENAPET e ainda participação musical; reunião de discentes, onde pudemos discutir pautas dos petianos e sua relação com a atuação dos grupos PET e com a universidade; dos encontros de assembleia e votação assíncrona, que reuniu sugestões e pautas indicadas a partir dos encontros de tutores, discentes e grupos de trabalho; do momento “PET, Diversão e Arte – Live com artistas”, com participação de diversos artistas, como Arthur Xará, Patricia Ramos e DJ Yohann Duhau; do grupo de discussão 12, com o tema “Trilhando caminhos para a visibilidade PETiana”, no qual discutimos a divulgação e presença dos grupos fora da universidade,e que isso pode se dar através de eventos e atividades, e agora, compreendendo a situação de pandemia COVID 19, pode se dar por meio das mídias sociais e internet, assim, ficou evidente a importância dos grupos pelo meio virtual; também, apresentei um trabalho com a petiana Lais, onde compartilhamos um resumo expandido sobre uma atividade realizada pelo nosso grupo (minicurso expressão corporal) em parceria e com participação da comunidade da cidade de São Carlos.
De forma geral, o evento foi extenso porém organizado. Tive a oportunidade e escrever e apresentar trabalho com outros petianos e ainda conhecer ações de outros grupos, como também, a atuação diversa e necessária do Programa Educação Tutorial na região sudeste.
Lais Hellen:
Foi uma experiência nova e enriquecedora, o evento foi bem estruturado, apesar de um pouco extenso e que demandou certa disposição e foco, mas necessário devido a quantidade de assuntos a serem discutidos. O GDT 8 – Trilhando caminhos para a diversidade étnico-racial e de comunidades tradicionais dentro do Programa de Educação Tutorial.- do qual eu participei, fez alguns apontamentos importantes sobre ações de inclusão etnico racial dentro dos grupos pet, e foi observado que a maior preocupação dos grupos PET estava no processo seletivo, em como torná-lo justo e acessível, enquanto não se tem algo estabelecido e oficial no regimento atual do PET. Diante disso é importante ressaltar que o PET BCI em seu último processo seletivo já adotou um método de inclusão e foi bem sucedido, além de ter me beneficiado também.
Juntamente com o José, apresentei no grupo de Ciências Sociais Aplicadas , o trabalho “A Expressão Corporal Como Mediação Da Informação” no dia 12/10, e recebemos feedback positivo, com poucas considerações a se fazer. Para descontrair houve momentos culturais como o concurso de desenho, fotografias, mostra de documentários importantes e pertinentes ao cenário atual, como pandemia, feminismo e negritude, além de uma live com participação de artistas locais.
Luana Gil:
Particularmente de maneira geral achei o evento bem organizado, com uma programação bem interessante contendo atividades culturais que permitiram momentos de entretenimento, gostei bastante das oficinas e minicursos. Participei do Grupo de Discussão e Trabalho (GDT) 10- Trilhando Caminhos para PET Interdisciplinar – em que primeiramente foi apresentado o edital nº9 do PET Conexões de Saberes do ano 2010, desta forma foi possível conhecer os objetivos destes grupos que buscam expandir a transferência de saberes entre as Universidades públicas brasileiras e as comunidades populares, de modo a colaborar com a inclusão social. Por conseguinte, foi sugerido trocas de experiências entre os grupos relatando o planejamento das suas atividades, infelizmente houve pouca participação dos inscritos, entretanto, foi interessante conhecer alguns grupos PETs interdisciplinares, já que são formados por discentes e docentes de diferentes cursos, como direito e jornalismo. Com isto, percebe-se que o PET BCI UFSCar não possui esta característica de interdisciplinaridade por ser constituído por apenas um curso de graduação. Tendo em vista o desenvolvimento de atividades para alcançar a comunidade externa, observa-se que o PET BCI UFSCar ofereceu ao longo deste ano, atividades como Saber Profissional, Saber Científico, Contações de histórias e entre outras que por meio da utilização de suas redes sociais conseguiram alcançar um número significativo de visualizações que corresponde ao número de pessoas alcançadas com nossos projetos desenvolvidos.
Raniel Andrade:
Para um evento que precisou passar por uma readequação do presencial para o virtual, o evento conseguiu cumprir com o seu papel. O GDT 17 – “Trilhando caminhos para a adaptação do PET na pandemia” – nos mostrou o quanto nosso grupo (PET BCI) lidou bem com toda essa situação, ainda no começo da quarentena, seja tendo adaptado rapidamente às reuniões, os projetos, eventos, dinâmicas, em alguns aspectos até a saúde mental dos membros já que está é uma fase tão difícil. Os temas trazidos pelos demais GDTs também foram bastante pertinentes e espera-se que o Enapet passe a ser tão enriquecedor quanto o XX Sudeste PET.
Portanto, a partir dessa vivência, feita em formato virtual, foi possível entender, refletir e discutir sobre como o Sudeste PET é uma maneira de fortalecer os grupos PETs, pois assim, os petianos podem trocar experiências e ideias, ajudando outros grupos e pensando em sugestões e encaminhamentos para serem discutidos e aplicados no âmbito de cada PET, regional, nacional e frente a representação do Comissão Executiva Nacional do PET (CENAPET) e Ministério da Educação (MEC). Nesse ano de 2020, a partir dos diversos encontros síncronos e atividades assíncronas, o XX Sudeste PET pautou a relação da universidade com a sociedade, através da educação, fortalecendo a atuação dos PETs em ensino, pesquisa, e sobretudo, extensão.
Redigido Adriano, Brenda, José Everson, Lais, Luana e Raniel
São Carlos, 20 de novembro de 2020