Antes de realizar uma contação, tente reescrever a história do jeito que planeja contar. Depois, grave áudios e envie para alguém que possa dar o feedback e algumas ideias para melhorar. Assim, você treina a narrativa, a entonação e o tempo, e estará mais preparado para fazer a contação, seja ela gravada ou ao vivo!

Vale lembrar que contações gravadas são bem diferentes de contações ao vivos! Então, atente-se para a edição dos vídeos, para evitar que fiquem monótonos e quem estiver assistindo perca o interesse. Sendo assim, os cortes precisam ser muito bem acertados, evitando tempos de silêncio indesejados. Os efeitos sonoros também são muito bem vindos e podem levantar uma contação de histórias; assim como colocar uma música pode deixar o vídeo mais incrível! Os sons ajudam a disfarçar momentos de silêncio, e fazem quem está assistindo entrar no clima da contação. Por fim, não se esqueça que o vídeo pode sempre ser editado e as mesmas partes podem ser gravadas quantas vezes forem necessárias, assim você terá opções para escolher a opção que ficar melhor e incluir na hora de editar os vídeos!

Antes de gravar a contação, leia a história várias vezes e faça as adaptações que forem necessárias. Essa técnica ajuda a fixar a história na cabeça, fazendo com que a contação seja mais fluida. Para ficar ainda mais natural, se imagine fazendo parte da história, assim você cria uma proximidade com o que está contando e falando com mais espontaneidade e menos timidez.

Invista nas animações e nos recursos visuais, assim você pode tentar dar voz aos personagens como se eles mesmos estivessem narrando suas próprias histórias. Utilizar o estilo draw my life é uma ótima forma para realizar essas contações.

Para isso, primeiramente é necessário fazer um roteiro adaptando a história em primeira pessoa para dar a impressão de que o personagem do desenho que está contando sua história, e assim, você não se confunde durante a gravação do áudio. Realize alguns testes de aquecimento vocal antes de gravar o áudio, para se sentir mais confiante. Depois, grave o áudio várias vezes e escolha aquele que ficou com a melhor entonação.

Para a parte visual, você pode aplicar a técnica de vetorização de imagem, utilizando algum software, como por exemplo o Adobe Illustrator. Desta forma, é possível deixar o desenho em formato digital com uma maior qualidade. Já para a criação de animações há vários programas e plataformas online. Vamos recomendar o Animaker, que é um programa online com recursos gratuitos e que possui uma interface bem intuitiva para montar e editar animações.

Contar histórias pode te aproximar daqueles que te ouvem e te assistem, e isso é mais interessante quando seu público pode ser e fazer parte da história! Afinal, a contação de histórias é vínculo, afeto e contato. Assim, tente sempre propor interação.

Durante a narração, você pode pedir para que quem esteja assistindo repita algumas palavras ou frases, como por exemplo em uma história que tenha bruxa, eles podem dizer palavras mágicas para fazer uma poção mágica. Além disso, você também pode trazer uma cantiga popular que tenha a ver com a história para que seja cantada junto acompanhada de movimentos corporais. Ainda, é legal interagir pedindo para fazer gestos, como quando o lobo vai assoprar as casas dos porquinhos, ou com perguntas interessantes e que pedem respostas curtas, assim, as pessoas podem levantar a mão ou responder rapidamente, um exemplo é pedir para levantar a mão quem acha que na próxima tentativa o lobo vai conseguir derrubar a casa;

Esse envolvimento com o público é interessante no formato presencial, mas também é possível adaptar para o formato online e gravações de vídeos. Essa proximidade com quem te ouve e assiste, pode tornar o momento mais divertido, dinâmico e causar o desejo de ouvir mais histórias.

Procure explorar elementos visuais durante a contação, pois isso ajuda a desenvolver melhor a história! Há diversas possibilidades, como fantoches, origamis, figuras e até objetos comuns. Outra alternativa, é se aventurar utilizando materiais recicláveis.

Enquanto você cria a história, consegue imaginar os personagens, os lugares e quais elementos pode utilizar, assim a história vai tomando forma! Além disso, você pode compartilhar o passo-a-passo de confecção com o público e enriquecer ainda mais a experiência que a contação de histórias pode proporcionar.

Antes de realizar uma contação, procure saber um pouco mais sobre o público que ouvirá a história e sobre o local onde a contação será assistida. Isso é importante, para evitar alguns equívocos, como por exemplo preparar uma história muito infantil para um público que é mais juvenil ou adulto.

Conhecer o público também, te permite fazer adaptações na história que estejam relacionadas ao contexto de quem está ouvindo. Se for fazer contação em uma escola, por exemplo, procure conversar com os professores para saber um pouco mais sobre o perfil da instituição, faixa etária, interesses gerais da turma, etc. Assim, você pode usar essas informações para promover interações, adequar a linguagem e até mesmo incluir na contação o nome do professor ou de alguém que estará ouvindo, citar o nome da escola/biblioteca ou do bairro, e ir adaptando, é só deixar sua criatividade fluir!

Em projetos de longa duração essas informações e adaptações permitem que você vá criando mais afinidade com público e vice-versa

Abrace o fracasso! Na grande maioria das vezes, somos os nossos mais cruéis julgadores. Isso acontece porque nós sabemos como as coisas foram idealizadas e é bem pouco provável que elas saiam exatamente como o planejado. É normal, você ter mais erros do que acertos no começo, mas isso vai ser bom pra você!

Pois, vai te gerar memórias engraçadas, amigos, experiência, mas principalmente humildade e amadurecimento. As narrações pautadas pela oralidade são modificadas a cada vez que são repetidas, elas nunca vão estar perfeitas e finalizadas. O importante é o caminho que você vai traçar e não o destino ou o que as suas histórias vão causar nos outros. Não desista!