Em mais um ano de isolamento social provocado pela pandemia COVID-19, o “XXI Encontro da Região Sudeste dos Grupos PET”, também conhecido como “XXI Sudeste PET” foi realizado de modo online nos dias 29 e 30 de maio e 05 e 06 de junho de 2021. Organizado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), sob a temática “A importância da universidade pública para a sociedade”, cuja discussão dos Grupos de Trabalhos (GDTs) contemplava os “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável” da agenda Organizações das Nações Unidas (ONU) 2030.
O PET BCI apresentou o resumo intitulado “Bibliotecas alternativas e a promoção de sociedades inclusivas: relato de experiência”, desenvolvido pela petiana Brenda e pela tutora Profª Paula. Além disso, os petianos Adriano, Brenda, José, Lais, Luana e a Tutora Paula, marcaram presença nos Grupos de Discussão e Trabalho (GDTs). Leia algumas considerações de cada participante:
Adriano Ruda: Durante sua participação na primeira semana, o petiano Adriano participou do GDT 12 – O PET e sua contribuição para a construção de Instituições Eficazes (ODS. 16 Paz, Justiça e Instituições Eficazes). Vários temas relevantes foram levantados durante as discussões feitas, principalmente sobre a importância dos alunos petianos estarem integrados com a universidade, dessa maneira podendo tomar atitudes assertivas para ajudar a propagar a pesquisa, ensino e extensão (principalmente nos atuais tempos das universidades em que estão havendo muitos cortes). Na segunda semana foram votados os encaminhamentos que foram propostos pelos GDTs, essa etapa do evento começou na manhã do domingo e foi até à noite, foi bem longo com muitas horas de votação, porém foi bem conduzido pela mesa em todo período. Também vale ressaltar que quase todo o evento contou com intérpretes para surdos, dando um passo em direção à inclusão.
Brenda Santos: A petiana Brenda participou do GDT 8 intitulado “O PET e a Divulgação da Ciência e da Universidade Pública – pesquisa e extensão” que estava relacionado aos ODS 4 “Educação de Qualidade e 9 “Indústria, Inovação e Infraestrutura”. As discussões e temáticas abordadas neste GDT foram pautadas nas formas de divulgação pela contribuição das atividades de pesquisa e extensão desenvolvidas pelos grupos em prol da sociedade, evidenciando a importância da Universidade Pública. Outro ponto abordado, foi a ampliação científica dos projetos e pesquisas que são realizados dentro das universidades para o público em geral, visando aproximá-lo da instituição e levando as diversas iniciativas ao conhecimento da população. Além de participar do GDT, a petiana Brenda apresentou o trabalho “Bibliotecas alternativas e a promoção de sociedades inclusivas: relato de experiência”, que teve coautoria da tutora Profª Paula Regina Dal’Evedove. O trabalho teve como objetivo mostrar a experiência e os resultados do projeto de extensão Geladeiroteca, uma biblioteca alternativa, desenvolvido pelo PET BCI, enfatizando a importância de tal iniciativa para a promoção de sociedades inclusivas por meio do acesso à leitura e informação para redução de desigualdades sociais.
Imagem 1 – Registro da apresentação do trabalho “Bibliotecas alternativas e a promoção de sociedades inclusivas: relato de experiência” realizada pela petiana Brenda Santos no XXI Encontro da Região Sudeste dos Grupos PET”.
José Everson: O petiano José Everson participou do GDT 6 – O PET e a Educação Inclusiva (ODS 4. Educação de Qualidade). As discussões foram pautadas pelo acolhimento dos petianos e também pela partilha de experiências sobre a inclusão de alunos de baixa renda, ensino médio público, negros e LGBTQIA+ tanto na universado quanto nos grupos PETs. Nessa conversa, foram compartilhadas atividades de rodas de conversas, realizadas em parceria com Terapia Ocupacional, e também ações de acolhimento dos calouros em parceria com outros cursos, coordenação de curso e pesquisadores da pós-graduação. Também, alguns petianos comentaram de projetos de inclusão do ensino médio na universidade, a partir do incentivo à iniciação científica, feira de tecnologia, cursinho popular e interação direta com os alunos da rede pública de ensino básico. Ainda, foi discutido sobre a importância e necessidade de políticas de assistência estudantil para negros e comunidade LGBTQIA+, destacando que além da entrada desses estudantes, também é importante manter a permanência na comunidade universitária, pautada na inclusão e apoio contínuo. De forma geral, o grupo possibilitou diversas trocas de vivências dos petianos, trazendo reflexão e ideias para o PET BCI, como por exemplo, entendemos que já estamos ação de inclusão de negros e LGBTQIA+ no nosso grupo a partir do edital de seleção com vagas destinadas à esses públicos, e também, o PET BCI pensa em desenvolver futuramente uma atividade de letramento científico, pensando nos alunos da rede pública e comunidade externa, ressaltando a importância da ciência.
Lais Hellen: Lais observou durante a abertura, falas importantes sobre projetos extensionistas e o contexto atual de risco à saúde e a universidade que vivenciamos. O grupo de trabalho que participou foi o Grupo 7 – O PET e a Redução das Desigualdades (ODS. 10 Redução das Desigualdades), norteados por perguntas chaves elaboradas pela comissão organizadora, o que favoreceu maior diálogo e compartilhamento de experiências entre os petianos presentes. O tripé de maior destaque nessa reunião foi o de Extensão, onde grupos compartilharam como desenvolviam suas atividades de combate a desigualdade racial, de gênero e sexualidade, trazendo ideias de mediação de leitura que podem ser aplicados e inspirar a criação de projetos similares dentro do PET BCI, em conjunto com a comunidade, tanto para o momento de pandemia, quanto a longo prazo. Também foi pontuado a dificuldade em encontrar informações de projetos envolvendo os Programas de Educação Tutorial Brasileiro, visto que não há nenhum canal que concentre tais dados para consulta e possível comunicação. Dessa forma ficou a cargo do CENAPET fazer o mapeamento e facilitar esse contato entre os grupos.
Luana Gil: A petiana Luana participou do GDT 10-A: O PET e o Crescimento Econômico Sustentável e Trabalho Digno (ODS. 8 Trabalho Decente e Crescimento Econômico). Neste grupo, as reflexões foram a respeito de como as universidades públicas e os grupos PETs possam contribuir com atividades para o combate das desigualdades socioeconômica e culturais, bem como a degradação ambiental consequentes do crescimento econômico acelerado. À vista disso, pensar em projetos que visam melhorias nas condições de trabalho das pessoas e preservação do meio ambiente, pode ser uma forma dos grupos PETs colaborarem para o crescimento econômico sustentável e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Durante o compartilhamento de experiências, houve algumas sugestões, tais como: criação de parcerias com grupos que desenvolvam projetos relacionados ao trabalho; pesquisa para descobrir a realidade e as necessidades das comunidades a fim conhecer as dificuldades para auxiliá-las; encontro dos PETs Sudeste para compartilhamento de experiências, com oferecimento de um workshop com o tema de parcerias, com o propósito de discutir os processos para a construção de parceiros. Além disso, teve um encaminhamento aprovado na assembleia sobre a Comissão Nacional de Sustentabilidade instruir e incentivar os grupos PETs a promoverem atividades no que concerne ao desenvolvimento social, econômico e sustentável. Assim, o grupo PET BCI poderia promover uma mesa-redonda aberta à comunidade externa, sobre a temática abordada para colaborar com a conscientização dos impactos gerados pelo arcabouço do crescimento econômico.
Paula Regina Dal’Evedove: Neste ano, a Tutora participou como Coordenadora do Grupo de Discussão e Trabalho GDT 3. “O PET e a Saúde Mental (ODS. 3 Saúde e Bem-Estar)”, sendo um momento bastante enriquecedor. Nesse contexto, é importante ressaltar a possível influência e capacidade de ação dos Programas de Educação Tutorial (PET’s) na diminuição das estatísticas de suicídio entre os discentes. Por meio de ações que promovam a conscientização da necessidade de não negligenciar os cuidados com a saúde mental, bem como promover a viabilização do acesso a esses profissionais de saúde, dentro e fora da universidade, e a difusão de informações confiáveis a respeito do tema. Assim, é fundamental que o PET BCI se proponha a agir para que cada vez mais, se reduza o estigma associado à procura de ajuda psicológica, uma vez que, o tabu em relação aos problemas de saúde mental podem ser uma barreira tão grande para vencermos esses números quanto os demais pontos previamente levantados. Também houve a participação na Reunião dos Tutores dos Grupos de Educação Tutorial da Região Sudeste do Brasil, em que foram discutidos importantes temas que envolvem a governança e a manutenção do programa.
Redigido por Adriano, José Everson, Lais, Luana Gil, Paula e Brenda Santos.
São Carlos, 10 de agosto de 2021